segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Lançamentos marcam 25 anos de Bad

Uma das obras-primas do Rei do Pop, o disco Bad chega aos 25 anos e inspira comemorações e lançamentos

No próximo dia 18, Bad, o terceiro grande disco de Michael Jackson, vai completar 25 anos. Trata-se de uma efeméride repleta de comemorações e lançamentos, que lembram a fase ápice do Rei do Pop, época em que sua loucura ainda era o estopim de performances brilhantes, além de modas e coreografias que ainda reverberam no panorama pop internacional (os gângsteres de “Smooth Criminal”, as calças de couro, jaquetas e correntes da faixa-título, para não falar dos geniais esparadrapos nas pontas dos dedos).

O vigésimo quinto ano desta obra-prima, o quinto disco mais vendido de todos os tempos, é comemorado com um documentário, feito por Spike Lee e mostrado recentemente no festival de Veneza (a crítica do jornal O Estado de S.Paulo, que assistiu ao filme, o considerou um dos grandes já feitos sobre um ídolo e sua obra). Este quarto de século também terá um relançamento triplo do disco, com remasterizações, novas faixas, e gravações dos históricos shows de Jackson no Wembley Stadium, na Inglaterra.

O filé mignon desses relançamentos está no segundo disco, que tem 8 faixas novas, além de remixes de “Bad”, feita por DJs hypados como Afrojack e Nero. Estas faixas desconhecidas jogam um importante facho de luz na produção do disco, pois sabemos que o ídolo tinha em torno de 60 faixas prontas e queria lançar um megalomaníaco disco triplo com a maioria delas, mas foi vetado pela Epic. As que já vazaram tinham potencial, e dão pena por não terem sido gravadas por Michael antes de ele cair em seu abismo pessoal, nos anos 90.

“Don’t Be Messin’”, uma gravação demo, postada no YouTube e rapidamente removida, no começo de junho, tem um daqueles refrões sutis e dançantes, ao mesmo tempo, que lembram a sofisticação de “Thriller”. E de fato a música foi composta na época de seu primeiro disco, mas deixada de fora dos dois. O que ouvimos é uma gravação caseira, pouco trabalhada, que deixa às nossas imaginações espaço para preenchê-las com uma linha sintetizada de Quincy Jones, ou um baixo de Louis Johnson. “Streetwalker”, disponível no YouTube, já parece ter sido mais moldada por Quincy.

Uma ponte entre o verso e o refrão traz os distintos backing vocals ouvidos em faixas como “Speed Demon” e “Smooth Criminal”. Já o remix de “Afrojack” é lastimável, feito sem compreensão da trama rítmica da faixa e em um andamento acelerado, como se o original não fosse empolgante o suficiente. O filme de Spike Lee conversa com uma série de cantores e dançarinos envolvidos na produção do disco, e acaba por ser uma “carta de amor” a Jackson, já que explicar sua loucura passou a ser inútil.

Polêmica
O relançamento de Bad e o documentário de Lee, que será mostrado nos EUA, no dia 25 de novembro, deve ofuscar a mais recente polêmica sobre o Rei do Pop: uma série de e-mails que revelam sua péssima condição física e psicológica próximo da maratona de 50 shows que Jackson faria, como encerramento de sua carreira, na 02 Arena, em 2009, ano em que morreu.

A troca de correspondência eletrônica entre Kenny Ortega, diretor do show e parceiro antigo de Jackson, e Randy Phillips, um dos managers mais poderosos da indústria musical, incluem frases como: “Há fortes sinais de paranoia, ansiedade e comportamento obsessivo-compulsivo infantil. Temos de chamar um psiquiatra para atendê-lo rapidamente”, escreve Kenny. “Ele é louco de pedra”, responde outro.

Phillips escreve, em outro e-mail, que Jackson estava trancado no banheiro, bêbado, e que tentou diversas vezes fazer com que ficasse sóbrio para uma coletiva de imprensa, na ocasião em que os 50 shows foram anunciados.

Fonte: www.opovo.com.br

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