quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Nati Cañada e Michael Jackson‏




A primeira vez que a pintora aragonesa Nati Cañada viu Michael Jackson em pessoa foi em 23 de Setembro de 1992, no estádio Vicente Calderón de Madrid, mas os dois estavam separados por um enorme palco e milhares de fãs enlouquecidos.

Dois anos antes, tinham-lhe sido encomendado um retrato do Rei do Pop e ela queria ver como ele se movia e o que transmitia este artista de massas em cima do palco. Michael estava imerso na sua turnê Dangerous World Tour e a imagem que transmitiu para Nati Cañada foi de "uma pessoa agressiva e forte." 

Uma opinião que mudou completamente quando ela o conheceu em Los Angeles no dia em que posou para ela em 1993. A agenda lotada de Michael, adiou o encontro por quase dois anos, mas finalmente aconteceu na casa do cirurgião plástico Steven Hoefflin, que foi ‘responsável’ para que este acontecimento tenha sido possível, um grande amigo do cantor e quem Cañada tinha pintado há vários anos.

"Michael conhecia o meu trabalho graças ao médico. Fiz-lhe um retrato em brancos e quando Michael o viu disse que isso era o que estava procurando, uma pintura onde aparecia tudo branco", recorda Nati, que não pode deixar de sorrir com os comentários que esta declaração pode suscitar.

O agendamento foi programado pelo representante do ator, Evy Tabaschi, na casa do cirurgião responsável pelos retoques em artistas tão conhecidos como Elizabeth Taylor ou Sophia Loren e que apesar de ser um amigo pessoal do cantor, nunca teve nada a ver com suas intervenções plásticas.

Michael chegou às sete da manhã e às nove tinha que estar a gravar nos estúdios. Duas horas foi o tempo disponível para esta primeira e única sessão, ele chegou vestido de chapéu e óculos de cor preta e uma gabardine clara. Seus cabelos encaracolados estavam presos em um rabo de cavalo, mas, no quadro original o artista aparece com os cabelos soltos.

Em apenas duas horas, Michael mudou de roupa, usando uma camisa branca e jeans, conversou com o pintor, viu fotografias de outros retratos e deixou-se fotografar por alguns minutos, apesar da negativa inicial dos seus representantes, que só permitiam fazer uma foto. No final, Nati Canãda pôde tirar um rolo de fotos inteiro "que nunca viram a luz, porque eu lhe dei a minha palavra e permanecerão para sempre ocultas em minha casa."

Durante a sessão, falamos um pouco sobre pintura enquanto ele posava sentada em uma cadeira com os braços pendentes. "Apenas estivemos 20 minutos a sós, e durante esse tempo foi muito gentil comigo. Pareceu-me uma pessoa muito educado, mas não respirava alegria, ele não estava feliz", recorda Nati

No início de 1996, Nati foi para Los Angeles para entregar a pintura para Michael. Um retrato em tons de branco, onde junto à imagem de Michael aparece numa pequena caixa uma foto do cantor e um espírito que ela pintou sobre o artista em uma das extremidades da tela que é de 120 x 90 cm.

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